segunda-feira, novembro 02, 2009

Post do Blogue JARDIM ASSOMBRADO...



Miguel Sousa Tavares, o mesmo que acha estranho que haja quem se preocupe com as “condições psicológicas” em que vivem os animais domésticos (as aspas são dele), preferindo certamente assobiar para o lado quando sabe de um cão fechado na varanda ou na casa de banho durante dias a fio, insurgiu-se na sua última crónica no Expresso contra a nova lei respeitante aos animais no circo. Diz ele, alcandorado no sarcasmo confortável das elites:

“Eis mais um retumbante triunfo da cultura urbana, moderna e civilizada. Porque o fundo da questão está no que diz Victor Hugo Cardinali – um honrado nome de uma família que tem feito sonhar gerações e gerações de crianças, com os seus tigres, leões e elefantes, saídos da televisão e dos joguinhos de computador para a tenda do circo: «Eu também posso fazer algo como o Cirque do Soleil, para os intelectuais de Lisboa e do Porto. Mas experimentem levar isso a Portalegre e eles vão perguntar ‘que porra é essa?’». É contra este Portugal da porra que em boa hora surgiu a portaria a defender as centopeias, os aligators e também, já me esquecia, os nandus e os crotalos.”

Que fique sossegado o “Portugal da porra”, porque ainda não é desta que Victor Hugo Cardinali vai averiguar que porra é essa do teatro-circo, nem dar emprego aos alunos da porra da escola do Chapitô. Ele sabe que “a cultura do povo português não passa por aí”, afirmou-o na entrevista que o jornal i puxou para a capa, com um título a tresandar a demagogia: “Os meus animais são mais bem tratados que os pobres deste país.” Mais esclarecimentos no excerto que se segue:

“Mas os circos estão condenados?
Muitos circos pequenos sim, mas eu não tenho nada a ver com isso. [o altruísmo de um honrado nome de uma família]
E o circo enquanto arte?
Nesse sentido acho que sim, porque o que traz as pessoas ao circo são os animais. [a sabedoria de um honrado nome de uma família]
Há o argumento de que podia haver mudanças, como quando se deixou de usar mulheres barbudas e anões…
Este ano vou trazer outra vez anões. Nos circos lidamos com os anões como um ser humano qualquer. E os cegos que andam todos a pedir em Lisboa, porque são cegos? Não é discriminação? Os ceguinhos deste país deviam ser acolhidos por quem de direito. É uma hipocrisia, uma fantochada. [o progressismo de um honrado nome de uma família]”.

5 comentários:

Anónimo disse...

Adoro o blog e ja sou seguidor , se quiser ser minha

www.pedradosertao.blogspot.com disse...

A esse respeito há um bom filme a se ver: "Man to man" (2005), no Brasil está com o título de "Elo Perdido", poderemos pensar mais sobre os zoológicos (ou circos) humanos! Abraço,

Maria L Filipe disse...

Ola :))
Bem vindos e voltem sempre :))
Vou ser vossa seguidora tambem :))
Beijinhux
Maluxa *

Unknown disse...

Boa noite, eu que nem costumo levar as coisas muito a sério estou chocada- eu e os meus bichos, Portugal da Porra é o do MST porque é todo bazófias - a lamber o rabo ao cardinali que se quer ter sucesso que faça ele as habilidades com os filhos dele e que aproveite o dinheiro que ganhou com os animais para lhes dar um lar longe do circo que é um espectáculo táolindo como as arenas romanas

Hana disse...

Olá entrei sem bater e me senti em casa, eu voltarei sempre para te ler, asorei tudo e ja sigo.
com carinho
Hana